Diô Viana tem em comum com
Egon o lugar de origem, porém o seu caminho polariza as escolhas de seu
conterrâneo. Enquanto Egon encontra suas matrizes no jogo casual e as imprime
de maneira econômica e rudimentar; em Diô a técnica é intenção, afirma-se como
princípio. Foi impressor de grandes nomes da gravura brasileira como Ana
Letícia e Fayga Ostrower, experiências significativas que mostram o seu
interesse em pesquisar e dominar plenamente os procedimentos da gravura como
fundamento da sua prática artística. Experimenta uma combinação notável de
modalidades gráficas e processos sem perder-se no encantamento da técnica – da densidade
dos traços ríspidos e tensos da ponta-seca, que marca o ritmo sobre o
exuberante campo de cor, às camadas mais sutis dos veios da madeira. Atualmente
Diô Viana reside fora do país, onde desenvolve seus estudos sobre gravura
não-tóxica e processos associados à fotografia.
O blog apresenta aspectos pouco conhecidos da produção artística contemporânea paraense através do rico campo de pesquisa experimental na qual insere-se, hoje, a gravura praticada na região. O leitor averiguará que dados próprios de natureza geográfica e antropológica reveste esta modalidade técnica de uma visualidade distante de estereótipos ou aproximações, realidade que impõe aos artistas condições peculiares de produção e circulação.
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